en-Conheça o modelo de formação interdisciplinar na Abordagem Familiar
A abordagem familiar envolve a equipe como um todo
Texto elaborado por: Naiara Ashaia. Revisão: Michelle Malkiewiez e Catiele Raquel Schmidt
DESTAQUES
O que é a Abordagem Familiar;
Motivos para educar de forma interdisciplinar;
Como a formação interdisciplinar impacta na abordagem familiar.
A Abordagem Familiar refere-se ao conhecimento dos membros da família e seus problemas de saúde pela equipe de saúde. Na atenção primária à saúde da família, é importante que haja profissionais interdisciplinares. Isso porque, onde os conhecimentos e reconhecimentos são construídos de forma crítica e criativa, em diálogo constante com perspectivas distintas: indivíduo, família e profissionais.
Compreender que a saúde da família está intrinsecamente ligada à saúde coletiva e global é fundamental para promover ações interdisciplinares. Dessa forma, a formação dos profissionais de saúde deve incorporar uma perspectiva interprofissional que abranja a família como protagonista do cuidado de seus membros.
Com isso, é necessário que um modelo de formação seja adotado, buscando ir além das estruturas disciplinares tradicionais. A proposta é romper com a centralidade excessiva em cursos e currículos organizados rigidamente em especialidades. Assim, esse modelo apresenta a opção de uma prática colaborativa onde a família é o foco do cuidado.
Por que educar de forma interdisciplinar?
O modelo de formação interdisciplinar proposto articula as teorias entre o Modelo do Cuidado Centrado no Paciente e na Família, a Educação Interprofissional e a Atenção Primária à Saúde, buscando a participação ativa da família na equipe de saúde. Conheça mais sobre cada um deles
O Cuidado Centrado no Paciente e na Família assegura que os profissionais ouçam e considerem as perspectivas e escolhas da família. Significa dar prioridade às necessidades do paciente, compartilhando informações de forma útil, incentivando a participação familiar e colaborando no cuidado integral. Essa abordagem proporciona uma assistência personalizada, abrangente e compassiva, combinando eficiência e acolhimento.
A educação interprofissional promove o aprendizado conjunto para trabalhar de forma colaborativa e eficiente. Assim, envolve os pacientes e suas famílias nas tomadas de decisão. Esse tipo de formação é essencial para que os alunos adquiram competências colaborativas e estejam preparados para enfrentar os desafios da prática de cuidados à família na Atenção Primária à Saúde.
A Atenção Primária à Saúde é a primeira linha de atendimento em saúde. Essas ações englobam a promoção e proteção da saúde. Também é acompanhado da prevenção de doenças, diagnóstico, tratamento, reabilitação, redução de danos e manutenção da saúde. A proposta é dar uma atenção integral que beneficie a saúde dos atendidos. A Atenção Primária à Saúde garante o acesso adequado ao sistema, a continuidade do cuidado, a integralidade e a coordenação das ações.
Conclusão
Para atingir o objetivo de impactar a abordagem familiar com a formação interdisciplinar, é essencial promover a educação interprofissional em saúde. A partir dessa proposição, permite-se que os profissionais aprendam juntos a trabalhar em parceria, compartilhando conhecimentos e habilidades para o melhor cuidado dos pacientes e de suas famílias.
Além de compreender a importância da família na saúde individual e coletiva, a formação interdisciplinar deve capacitar os profissionais. Dessa forma, desenvolvem competências para lidar com a complexidade das experiências de saúde e doença vivenciadas por todo núcleo.
O principal objetivo da formação interdisciplinar é a promoção do trabalho em conjunto, promovendo a participação da família no processo de cuidado. O modelo do Cuidado Centrado no Paciente e na Família e a Atenção Primária à Saúde são fundamentais para embasar essa prática colaborativa, onde a família é compreendida como membro da equipe de saúde.
Para efetivar essa abordagem, é necessária uma mudança na atenção à saúde, focando no paciente e na família. Com isso, a diversidade de organizações familiares, as determinações sociais e os processos de formação e educação em saúde passam a ser considerados.
O profissional do futuro precisa se envolver ativamente na experiência do paciente e da família. Dessa forma, é possível compreender suas necessidades de saúde e desenvolver habilidades para lidar com conflitos intrafamiliares e interprofissionais. Além disso, fornece suporte para o autocuidado dos indivíduos e suas famílias.
É fundamental promover uma formação interdisciplinar para uma prática colaborativa em saúde que considere a família como parceira ativa no cuidado. Essa abordagem requer mudanças no modelo de formação dos profissionais de saúde. O objetivo é capacitar os profissionais para cuidar da família na Atenção Primária à Saúde, considerando a complexidade de suas experiências, promovendo uma abordagem mais eficiente e integral no cuidado à saúde das famílias.